De certo modo, crescer é tornar-se capaz de quebrar a sucessão
de histórias únicas sobre a nossa existência.
Se você estiver atolado na vida porque lhe fizeram acreditar
em uma única versão, reaja.
Não acredite. Exercite a dúvida sobre si mesmo – e sobre o outro. Será que é assim mesmo? Será que isso é tudo o que sou? Será que é só isso que posso ser?
Tornar-se adulto é ter a coragem de se contar como
alguém múltiplo e contraditório,
um habitante do território das possibilidades.
No filme, Preciosa diz uma frase maravilhosa, num dia especialmente tenebroso. Algo assim: “Que bom que Deus ou não sei quem inventou os novos dias”.
É isso. Há sempre um novo dia para todos nós. Um em que podemos nos reinventar.
Trechos de "O perigo da história única", de Eliane Brum.
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